Game 'Futuro em Jogo' é apresentado em shopping de Cuiabá

26/07/2016 - Quem passar pelo Pantanal Shopping, um dos principais de Cuiabá, entre segunda-feira e quarta-feira (25 a 27) terá a oportunidade de conhecer um pouco mais do game Futuro em Jogo. Desenvolvido graças a uma parceria entre o Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso (TRT-MT), o Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso (MPT-MT) e o Serviço Social da Indústria (Sesi-MT), o game tem a proposta de combater a exploração do trabalho infantil.

O projeto foi lançado no ano passado na versão para computador e agora está disponível para download em celulares e tablets. “A continuidade do trabalho infantil não gera melhorias concretas para a família”, afirma a vice-presidente do Tribunal, desembargadora Eliney Veloso, uma das idealizadoras do projeto. “Pode até ser que, em um primeiro momento, a família tenha essa impressão, mas a longo prazo vai chegar à conclusão de que a pobreza irá persistir”, pontua. Ela destaca que o game busca, de uma forma lúdica, mostrar que o melhor caminho para que haja um futuro pródigo, feliz e com melhor qualidade de vida é o da educação e do conhecimento.

Conforme lembra o procurador-chefe do MPT em Mato Grosso, Fabrício Gonçalves de Oliveira, o trabalho infantil é um desafio não só no estado, mas em todo o país e envolve questões socioeconômicas e culturais. “Entendemos perfeitamente porque as pessoas pensam dessa forma, mas a criança que trabalha hoje deixa de estudar. Aquele momento em que era para ela para estar se desenvolvendo, ela estará trabalhando, e muitas vezes em uma atividade menos complexa, que não vai servir nem de experiência no futuro”, afirma. O procurador aponta, ainda, outro problema da exploração do trabalho infantil: o risco de acidentes. Ele lembra que as crianças têm uma menor atenção ao realizar algumas atividades e isso pode trazer sequelas para toda uma vida.

O jogo foi elaborado pela equipe de tecnologia do Sesi-MT, com acompanhamento de psicólogos e junto aos estudantes. Conforme conta Cintia Silva, coordenadora Regional de Educação da entidade, ele não só trata dos prejuízos do trabalho infantil, mas também mostra que à criança podem ser delegados alguns afazeres, desde que esses não tragam prejuízos físicos, psicológicos e morais e a ajudem a ter uma noção de responsabilidade, “a exemplo de fazer a lição de casa e arrumar seu quarto antes de querer sair para brincar”.

O jogo possui quatro fases que mostram a infância e a adolescência do personagem. A cada etapa, novas dificuldades e elementos vão surgindo. Ao longo do caminho, as crianças enfrentam o vilão que oferece álcool e cigarros e ainda obriga o personagem a vender drogas. Situações bem parecidas com a da vida real. Mas a história pode ter um final diferente se forem feitas boas escolhas, como coletar instrumentos musicais, livros ou brincadeiras.

Veja aqui as fotos do evento

Informações: Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso (TRT-MT) com alterações

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