Mês da Mulher: MPT-MT recebe palestras sobre bem-estar emocional e violência de gênero em Cuiabá

30/03/2023 - O Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso (MPT-MT) promoveu, na tarde do dia 8 de março, duas palestras em alusão ao Dia Internacional da Mulher. O evento teve início às 13h e foi realizado no auditório da Procuradoria Regional do Trabalho da 23ª Região (PRT23), em Cuiabá, com transmissão ao vivo por videoconferência para as PTMs, e contou com a presença do procurador-chefe do MPT-MT, Danilo Nunes Vasconcelos; da coordenadora regional de Promoção de Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no Trabalho (Coordigualdade), procuradora do Trabalho Marcela Guimarães Santana; e de demais membros(as), servidores(as), terceirizados(as) e estagiários(as) do órgão. 

O encerramento da programação ocorreu com um coffee break fornecido pelo Sindicato Nacional dos(as) servidores(as) do Ministério Público da União (SindMPU).

O evento teve início com uma fala da coordenadora da Coordigualdade, que enfatizou a importância dessa data comemorativa e destacou a atuação do MPT na promoção da igualdade de gênero. Na sequência, Hilda Ribeiro, servidora do Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região (TRT23) e especialista em gestão emocional nas organizações, ministrou a primeira apresentação, Universo feminino: Principais desafios e a importância dos quatro equilíbrios para cultivar o bem-estar emocional.

Ribeiro tratou dos cuidados necessários com a saúde mental e emocional dentro e fora do ambiente de trabalho, e falou sobre os tipos de equilíbrio mental (conativo, atencional, cognitivo e emocional) e seus benefícios.

Ribeiro, ao intercalar o conteúdo com relatos de experiências passadas, reforçou a necessidade, principalmente por parte das mulheres, de preservarem-se diante das exigências e respeitarem os próprios limites. “Precisamos fazer pausas saudáveis e sustentáveis para o trabalho, porque são necessárias para a saúde mental. Nós temos que lembrar que somos seres humanos e não máquinas. Quando a doença vem, a conta é alta”, ressaltou a especialista.

A segunda palestra do evento foi conduzida por Nara Assis dos Santos, mestranda em Comunicação pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e integrante do Grupo de Pesquisa em Comunicação, Política e Cidadania (CICLO) e do projeto de extensão Pauta Gênero, ambos da UFMT.

Santos apresentou aos(às) presentes uma análise comparativa da cobertura dos sites de notícias mato-grossenses Olhar Direto e FolhaMax sobre a violência de gênero, com foco nas representações construídas.

A partir de matérias publicadas durante o mês de abril de 2022, a mestranda forneceu dados, comparou títulos e trechos e apontou abordagens que reforçam o machismo e a misoginia em ambas as coberturas. Por fim, apresentou as três fases do ciclo da violência identificadas pela psicóloga norte-americana Lenore Walker: 1) Aumento da tensão; 2) Ato de violência; e 3) Arrependimento e comportamento carinhoso.

“Todos os tipos de violência trazem danos às mulheres, sejam físicos ou emocionais. É muito importante que a gente fale sobre e fiscalize os casos publicados, pois isso contribui. Existe uma responsabilidade muito grande dos profissionais de comunicação e nossa, como cidadãos”, reforçou a pesquisadora.

Ao final do evento, houve espaço para esclarecimento de dúvidas e intervenções dos(as) presentes. A servidora da PRT da 23ª Região Muriel Karoline Ferreira Andrade mencionou a relevância do debate sobre os aspectos relacionados à violência contra as mulheres, o que inclui a forma de divulgação desses casos e a existência (ou a ausência) de uma rede de apoio. Andrade também afirmou que as mulheres sofrem diariamente e têm oportunidades de trabalho restringidas em razão do gênero.

O procurador-chefe, por sua vez, asseverou a importância das apresentações e da conscientização abordada em ambas. “As duas palestras trazem temáticas importantes. Hilda nos conscientiza sobre desiquilíbrio emocional, e nos mostra como identificar os sinais e como buscar o retorno ao equilíbrio. Nara trouxe a conscientização sobre o ciclo da violência, que atinge principalmente as mulheres, e como cada pessoa tem o papel de acolher, ter empatia e poder colaborar para o rompimento desse ciclo.” 

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